Monday, May 17, 2010

Organização Pessoal, Gestão do Tempo e Objectivos de Vida

No âmbito da unidade curricular de Optimização e Gestão do Tempo, foi-nos pedida a elaboração de uma reflexão, onde devemos fazer a ligação entre a organização pessoal, a gestão do tempo e os objectivos de vida. Para tal, devemos definir a nossa missão de vida e posteriormente os nossos objectivos pessoais.

4 - Imagine que morreu aos 150 anos e que um velho amigo íntimo de infância que o conhece muito bem e o acompanhou ao longo da vida, lhe fez um discurso no funeral. O que gostaria que ele dissesse a seu respeito?

Primeiro que tudo, em jeito de brincadeira, que a culpa de ter vivido até aos 150 anos era da família e amigos, que me foram mimando ao longo dos anos.
Em segundo, gostaria que dissesse que fui uma mãe carinhosa de três filhos bem sucedidos, fruto do amor e da educação que receberam. Que fui uma boa filha, que enchera os meus pais de orgulho, e que concretizei todas as suas expectativas. Que fui uma boa esposa, e que fui muito importante para o meu marido, uma vez que o ajudei a realizar-se, pois, como diz o ditado, “por trás de um grande homem está sempre uma grande mulher”, e o meu marido alcançou todas as expectativas que tinha para a sua vida. Que fui uma boa amiga, trazendo paz, harmonia e alegria a todos os meus amigos, ajudando-os sempre que eles precisavam.
Gostava também que dissesse que viajei muito ao longo da vida, tendo realizado o sonho de conhecer o maior número de países e culturas possíveis. Que fui uma activista que lutou pelos direitos dos países de terceiro mundo e pela preservação do meio ambiente, que criei e geri uma empresa que concedia empréstimos em África, de forma a que a população pudesse criar pequenos negócios, ser auto-suficiente e tivesse melhores condições de vida, e que, no fim da vida, deixei uma boa parte do meu dinheiro para uma associação que luta pelo desenvolvimento dos bairros suburbanos.
Gostaria que dissesse que ia continuar na memória das pessoas ao longo de várias gerações, pela minha personalidade forte combinada com o meu sorriso meigo.

1 comment:

http://fotos.sapo.pt/ZGmiWOuzU6HmOZWnK0JN said...

Não sabes o que sinto. Nem tu, nem eu, nem toda esta gente que aqui está hoje para te recordar.

Não sinto saudade, porque isso…isso já senti muitas outras vezes e não era assim tão cruel. Tenho, até duvidas que tudo isto seja um sentimento.

AIIIIII, quero agarrar-me ao rosto com força! Não, não para me magoar…mas sim a esta dor que me consome a carne. SIM carne! Afinal, é só carne! Porque o resto de mim, hoje és tu. Tu, comigo ao colo – simples.

Apoderou-se do meu peito um monstro errante. Julgo que o mesmo, que te arrancou de nós e me quer, agora, levar para junto de ti. Não quero gritar, prometo-te que não o vou fazer.
Os gritos ficaram na caixa que pintaste e me ofereceste pelo Natal. Lá guardo tudo… de quando me contaste do teu primeiro namorado, quando me deixaste um dia de mochila ás costas, prometendo que voltavas no dia seguinte ou no dia em que diante dos meus olhos te vi casar com o Homem que mais amaste, enfim, quando com um gesto generoso me estendeste o teu primeiro filho.

Apetece-me sair daqui, num passo apressado e engolindo a calçada devorar os sítios por que passamos, sentindo a textura da terra. Da mesma, em que colheste duas flores para pôr-mos atrás da orelha. Mas que seria isso afinal? Seria roubar-te das minhas lembranças, ao inunda-las com a minha imagem, agora ali sozinha.

Queria contar-te uma última história, aquela que em vida nunca tive tempo para contar, já que o tempo em vida é o – um dia digo-lhe; ó...ela sabe!; talvez amanha, num outro momento"
Em vida o tempo é o – não oferecer a palavra Amor. Porque? Porque não há tempo para esse/o tempo!

A verdade é que tenho certeza que conheci a plenitude da liberdade, a pomba que vi enlaçar as asas, num mundo em que ela nuca soube que era finito. Uma ave capaz de voar em cada um de nós, até – não há sua – mas á nossa morte.

Tu,
Eternamente no amanha.