"Francamente Joana! Achas que ainda tens idade para isso?"
Eu pergunto-me "Idade para quê?"
Para brincar com castelos e imaginar que sou uma princesa presa no alto da torre?
Para rabiscar em folhas uns desenhos mal-amanhados e ouvir dizer que é a coisa mais bonita do mundo?
Para rir alto de coisas sérias e de receber sorrisos enternecidos em troca?
Para poder inventar mil brincadeiras com uma simples pedra?
Não, realmente, idade para isso já nao tenho. Assim o dizem as regras do bom comportamento, as regras do crescimento, as regras da estupidez.
"Olha-me so aquela. Que criancinha!"
Mas alguém é capaz de me explicar onde raio está o problema? Não, não sou criança. Sim, gostava de ser. E daí?
Existe uma idade limite para deixarmos de ser nós próprios e começarmos a ser uma espécie de vegetais educados e fúteis?
Lamento, mas a criança aqui não sou eu.
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